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Inteligência Artificial e Mercado: o que os contadores brasileiros podem aprender com a concentração de investimentos no setor de IA

Nos últimos meses, grandes empresas da cadeia global de inteligência artificial (IA), como a fabricante de chips Nvidia e a provedora de nuvem Oracle, divulgaram resultados que acenderam um alerta entre investidores. 

O motivo? O crescimento acelerado da IA está cada vez mais concentrado em um pequeno grupo de gigantes tecnológicos.

Para o mercado norte-americano, isso representa um risco: se uma dessas empresas reduzir seus investimentos, toda a cadeia pode sentir o impacto — desde fabricantes de chips até startups que dependem de infraestrutura em nuvem.

Mas o que isso tem a ver com o Brasil e com a contabilidade?

Mais do que parece.

O paralelo com o mercado brasileiro

No Brasil, ainda que o investimento direto em IA não esteja no mesmo patamar dos Estados Unidos, o movimento de concentração econômica e dependência de poucos grandes players é um fenômeno familiar.

Quando poucos grupos dominam o mercado, pequenas mudanças de estratégia podem afetar centenas de fornecedores, parceiros e prestadores de serviço.

Para escritórios de contabilidade que atendem empresas nacionais, esse tipo de cenário reforça a importância de:

  • Diversificar a base de clientes (evitando depender de apenas um ou dois grandes contratos);
  • Acompanhar tendências de investimento e inovação, mesmo fora do país;
  • Ajudar seus clientes a planejar financeiramente diante de possíveis oscilações do mercado tecnológico.

O caso Nvidia e a lição de concentração

Nos Estados Unidos, a Nvidia revelou que apenas dois clientes representaram quase 40% de sua receita em um único trimestre. Embora esses “clientes” sejam, na prática, distribuidores que revendem os produtos para empresas menores, o número mostra o quanto a empresa está exposta à decisão de poucos compradores.

Para os contadores e contadoras, essa é uma excelente oportunidade de reflexão:

👉 Se uma empresa brasileira depende de um número reduzido de clientes ou contratos, o risco financeiro e operacional aumenta consideravelmente.

Um bom controle contábil e um planejamento de fluxo de caixa preventivo podem ser a diferença entre a estabilidade e a crise.

O alerta da Oracle e o “boom” das parcerias de risco

Outro exemplo vem da Oracle, que anunciou um enorme contrato de US$ 300 bilhões com a OpenAI (criadora do ChatGPT).

Embora o número impressione, o valor pode não se concretizar: o acordo depende do uso efetivo dos serviços e da capacidade financeira da OpenAI de sustentar esse investimento.

Em termos contábeis, isso mostra que as projeções otimistas nem sempre se refletem em receita real.

O mesmo vale para empresas brasileiras que fecham grandes contratos sem avaliar se o cliente tem condições de manter o compromisso a longo prazo.

É papel do contador auxiliar nessa análise, monitorando indicadores de liquidez, capital de giro e rentabilidade.

 O que isso significa para contadores e empresários brasileiros

A “febre da IA” traz oportunidades, mas também exige planejamento, prudência e análise de riscos.

O contador moderno não é apenas o responsável por registrar números — é também o consultor estratégico que ajuda empresas a navegar num ambiente econômico cada vez mais volátil e tecnológico.

Para o mercado brasileiro, a principal lição é clara:

Concentração demais é sinal de alerta — tanto para gigantes da tecnologia quanto para pequenas e médias empresas.

Conclusão

Enquanto gigantes globais apostam bilhões em inteligência artificial, as empresas brasileiras devem investir em inteligência financeira.

Um controle contábil sólido, aliado a uma leitura atenta das tendências globais, pode proteger o negócio contra riscos invisíveis — sejam eles causados por um cliente que depende de poucos parceiros ou por um mercado inteiro que depende de poucas empresas.

Entre em contato com a Appice  para entender como a contabilidade estratégica pode ajudar sua empresa a crescer de forma sustentável, mesmo em tempos de incerteza econômica.

Referências

LAIDLEY, Colin. Is the Big Business of AI Dominated by Too Few Big Businesses?. [S. l.]: Investopedia, 2025. Disponível em: Link. Acesso em: 9 out. 2025.

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